Nunca vai fazer sentido, entendo isso. Ninguém, nem os mais conceituados professores de tal matéria conseguem explicar com precisão o que essa macumba é. Digo macumba em um sentido totalmente carinhoso, amo o que se busca. Mas querer explicar o ser-no-mundo é como perguntar quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? Quem veio antes? O ser humano ou o mundo?
A resposta é mais simples e complexa do que se possa imaginar. Os dois. Um não existe sem o outro, o ser não existe sem o mundo, o mundo não existe sem o ser. Não como em um quebra-cabeças, onde as peças unidas formam paisagens ou gatinhos em cestas uma vez que, as peças separadas, continuam peças. Sem um mundo não existe ser, relativamente fácil de compreender e aceitar, agora, dizer que sem um ser não existe mundo? Não seria uma visão egoísta, ou melhor, egocentrica, dizer que se eu não existo, o mundo em que vivo não existe? Uma árvore que cai no meio da floresta amazônica, caiu? Confesso que demorei – e não fui a única – a entender e principalmente aceitar. Cabe a cada um em suas experiências vividas definir o mundo, (mesmo que em última instância uma visão empírica) de contingências externas (rollo may que me perdoe a referencia behaviorista), impostas e, mesmo assim, não somos a conseqüência das determinações do mundo, somos o que decidimos fazer com tais determinações.
O ser-no-mundo é simplesmente (irônico, não?) dado pela condição de existência do ser humano. (afirmo isso com toda a certeza que meu professor não teve em me responder).
Não sou fenomenóloga, não sou arrogante, não garanto 100% que tudo o que disse está certo, isso é uma reflexão minha, mas garanto que nada disso foge do sentido, não no meu mundo ;)
(Olha eu aqui, 2 anos depois, me auto intitulando fenomenóloga e muito mais aprofundada do que essa Ana de 2009 :] )